Há ricas e gratificantes experiências em ajudar ao próximo, pois o trabalho voluntário beneficia todos os envolvidos nesse processo.
A maioria das pessoas acredita que, ao disponibilizar o próprio tempo, está apenas ajudando alguém. No entanto, não é assim que a banda toca.
Os colaboradores também aprendem bastante e têm a oportunidade de refletir sobre o que acontece na vida das outras pessoas.
Veja como é minha atividade semanal em um hospital público.
Trabalho voluntário beneficia as pessoas que precisam de apoio e também quem oferece assistência. Isso ocorre porque qualquer tipo de relacionamento é como uma via de duas mãos, ou seja, uma dinâmica em que as trocas acontecem todo instante.
Eu vou ao Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia para ajudar, porém, ao mesmo tempo, sou ajudado por meio do aprendizado que recebo enquanto estou lá dentro. Veja como é minha rotina de trabalho voluntário no hospital.
O primeiro passo ao chegar lá consiste em assinar o caderno de ponto com o objetivo de registrar que estou começando mais um dia de atividade. Logo em seguida, vou ao andar dos quartos, já vestido com o jaleco e o crachá preso nele.
Esses dois recursos me autorizam a circular livremente pelos dois andares reservados aos leitos, sem que ninguém questione o que estou fazendo lá. Existem 40 quartos por andar, com vaga para dois pacientes cada.
O trabalho mais importante é transmitir otimismo e esperança aos pacientes. Na última visita, conversei com um eletricista que precisou colocar ponte de safena, limitando sua atuação profissional.
Por causa da cirurgia, o homem não pode mais fazer o mesmo esforço físico, por exemplo, quebrar a parede para colocar a instalação elétrica nas casas. Alberto (nome fictício) mora sozinho, tem 63 anos de idade e sua mãe, 93. Ele estava preocupado com o futuro profissional, mas eu disse a ele que poderia contratar um ajudante para fazer o trabalho pesado.
Além disso, ele ia ao INSS pedir a aposentadoria por invalidez. No dia da alta, o hospital dá todos os exames e laudos para o paciente entrar com esse tipo de requisição e eu sempre digo que dará tudo certo e animo as pessoas.
Também converso com os médicos e aprendo com eles. Descobri, por exemplo, que a válvula biológica colocada no coração tem uma parte dela formada por um pedaço do coração do boi ou do porco. Isso nunca passou pela minha cabeça.
Então, além de eu aprender com as histórias de vida dos pacientes, aumento meu conhecimento ao falar com os médicos e demais profissionais de saúde.
Ainda existem mais dois setores para voluntariado. O da pediatria e o de acolhimento, onde os colaboradores escolherão trabalhar após a entrevista feita na coordenação do hospital.
Quem tiver interesse em ser voluntário no Dante Pazzanese, entre em contato comigo no Whatsapp (11) 999-806-612, e eu compartilharei com prazer todos os detalhes sobre como isso pode ser feito.